terça-feira, 25 de setembro de 2012

Yúri

Depois de uma conversa que tive com uma amiga, caí em mim e assumi que usava o fato de não vê-lo direito para não visitá-lo!

Era um dia normal de trabalho pela manhã e então pego uma corrida em que o destino era próximo a casa de meu filho. Crio coragem e vou até a casa dele, que ficava a uma quadra dali. Cheguei e ele estava brincando na terra, cumprimentei com um: E aí, tchê!? e ele meio tímido: E aí!?
Conversamos um pouco, perguntei sobre o colégio e as coisas que ele estava aprendendo...ele disse que estava aprendendo a fazer contas. Foi então que pergunto o que ele mais gosta no colégio e ele me responde: Do recreio ué! Soltei uma gargalhada, concordei com ele e disse que é bom, afinal dá pra brincar bastante, né? E ele respondeu que sim.

Nisso aparece o avô dele e me cumprimenta, até então algo normal, sempre tivemos um relacionamento distante mesmo convivendo na mesma casa quando morei com eles. Nisso passa pela rua um conhecido do avô do meu filho e ele vai de encontro ao amigo e ao passar por mim, me cumprimenta novamente dando alguns tapinhas nas costas. Sendo que nunca tivemos esse tipo de contato...achei estranho mas deixei passar.

Continuei com meu filho a conversar e perguntei sobre a bicicleta e se ele ainda andava, ele respondeu que sim mas que precisava puxar a correia e arrumar o freio. Me dispus a arrumar e peguei as chaves que tenho na moto. Enquanto arrumava ele me perguntava o que estava fazendo e eu ia explicando.  Antes de sair falei que voltaria mais tarde com óleo para passar na correia e com outra chave para arrumar o manete do freio. Saí, almoçei e trabalhei durante a tarde.

Pego uma corrida novamente mas dessa vez o destino era próximo a minha casa, aproveitei e fui buscar o óleo e a chave para terminar de arrumar a bicicleta do meu filho. Fui direto a casa dele, quando cheguei bati na porta e ele me recebeu de banho tomado, mexi com ele e perguntei sobre a bicicleta, ele me respondeu que estava guardada e pedi para que buscasse pois ia terminar de arrumar.
Estou arrumando a bicicleta e então recebo uma ligaçãoda minha ex-namorada. Ela pergunta onde estava e disse que estava com meu filho e então passei o telefone para ele e pedi que desse um 'oi'. Eles conversaram rapidamente e então a mãe do Yúri chama ele e pergunta onde ele está, ele responde que está na rua, ela pergunta o por que que ele deixou as coisas ligadas e ele entra em casa e sussura que eu estou ali. Então ela aparece na porta e começa a me questionar sobre o por que que eu estava ali, se não achava tarde depois de 8 anos sem dar a mínima pra ele, eu respondo que não que nunca é tarde pra tentar de novo e que estava ali pra me aproximar dele. Uma discussão rápida e o irmão dela aparece e pede pra que parássemos pois ele estava vendo. Ele, meu filho sai chorando e então os avós do meu filho chegam e a avó dele pergunta qual o motivo da palhaçada. Eu expliquei tudo o que tinha acontecido e então a mãe do Yúri começa a dizer que eu não tinha direito de ver ele pois nunca tinha dado a mínima para ele, e então para minha surpresa a avó do meu filho começa a me defender, dizendo que eu sou o pai dele e tenho direito sim de vê-lo, que sempre que eu quiser ir visitá-lo as portas estariam sempre abertas. Enquanto isso a mãe dele discutia de lá com a avó do Yúri e ela ainda me defendendo. Fiquei surpreso a ponto de não acreditar no que estava presenciando. Eu dizia que nunca quis tirar o Yúri delas, que nunca quis nenhum tipo de briga ou coisa parecida. Pedi desculpas por qualquer tipo de complicação que tivesse criado e ela, avó do meu filho me respondeu que não tem pq se desculpar e fez um gesto com a mão dizendo que a mãe do Yúri é louca. Na hora não me dei conta e saí.

Depois analisando a situação dei risada e ainda surpreso lembrei da frase que é bem verdadeira qe diz:

A gente recebe ajuda de quem a gente menos espera!

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